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Quem assistiu ao filme “Free Willy”, dos anos 1990, deve se lembrar da comovente história da orca que vivia em um tanque para apresentações em um parque de diversões. Assim como Willy, diversas orcas foram e ainda são capturadas e arrancadas de suas famílias e habitat natural para viverem confinadas em parques aquáticos.
Parece muito bonito assisti-las fazendo acrobacias mil, saltando alturas, obedecendo cegamente a seus treinadores. No entanto, é justo retirar um animal ainda jovem de seu lugar de natureza, somente para entreter as pessoas?
Por anos esse tipo de ação foi negligenciada por muitas pessoas, e até mesmo quem vos escreve já visitou o Sea World, em Orlando. Contudo, toda a problemática desse tipo de atração acabou sendo colocada em questão, especialmente depois de 2010, quando a treinadora Dawn Brancheau, com mais de 20 anos de experiência, foi morta por uma orca durante apresentação. Diante de uma platéia lotada, Dawn foi puxada para baixo d’água pela orca Tilikum, que apresentava muitos sinais de agressividade. O caso expôs a realidade sobre o confinamento e treinamento dos animais em parques aquáticos.
Após o incidente, vários treinadores revelaram o que acontece por trás do belo espetáculo aquático. Esses animais vivem em condições estressantes, totalmente distantes do seu ambiente natural, afastados de suas famílias (lembre que orcas vivem em bando), apresentando comportamento agressivo quando solitárias. Além disso, ficam confinadas em espaços minúsculos, se comparados à dimensão dos oceanos.
É possível notar que há algo de errado somente ao observarmos suas nadadeiras curvas. Elas ficam nesse formato devido ao espaço pequeno em que vivem – na natureza não é fácil encontrar orcas com nadadeiras curvas. Outro problema é a estimativa de vida de uma orca: em cativeiro elas vivem quase 40 anos a menos que um animal livre.
O documentário “BlackFish – A Fúria Animal”, que chega ao Brasil em março, denuncia a forma como são tratadas as orcas utilizadas nas apresentações da rede SeaWorld, revelando os reais perigos por trás dos espetáculos aquáticos. A coisa foi tão séria que a visitação ao parque caiu cerca de 6% depois do lançamento do documentário. Confira o trailer no vídeo:
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